Sócio desde maio de 1983, Serjão, como é chamado pelos amigos, sempre fez parte do grupo futebol de areia. Gosto muito de praticar esporte, comecei como goleiro de futebol de salão, mas percebi que não tinha altura e não teria sucesso. Quando mudei de posição e passei a jogar toda semana no campo do CIR, tive a idéia de contar os gols, explicou Sérgio.
Hoje, com 72 anos, ele mostra que acertou quando resolveu ser atacante, mas não pode esquecer que também precisou do goleiro. Eduardo Lustoza foi quem perdeu os dez últimos gols do tão esperado cinco mil. Nenhum goleiro gosta de tomar gols, mas nesse caso foi emocionante. Agora o pessoal me chama de Edu Andrada, nome do goleiro que Pelé marcou o milésimo gol, contou Eduardo.
Quando Carpentieri marcou o milésimo gol, em 1988, ganhou uma placa do Clube. Em 1993, completou dois mil, em 1998, três mil, em 2005, quatro mil e em 2012, completou os cinco mil gols. Sérgio dificilmente falta e quando está em campo, não pede para sair de jeito nenhum contou o amigo Aluizio Souza Moreira, que acompanha o feito desde o começo.
Esse grupo de associados, que joga futebol de campo todas as segundas, quartas e sextas-feiras, existe há mais de 40 anos e possui cerca de 40 jogadores, ou melhor, amigos. O grupo se renova a cada ano. Hoje tem meninos de 17 anos e homens de 50, ressaltou Aluizio.
Eles jogam muita bola, mas também chamam de confraternização esses encontros semanais. E nenhum é jogador profissional, nem mesmo Carpentieri, que foi engenheiro da Codesp, quando ainda era Companhia Docas de Santos.
O talento como jogador se revelou em Santos, mas o engenheiro veio para baixada em 1964, depois de se formar pelo Instituto Tecnológico Aeronáutica, o ITA. Ele ainda mostrou que tem outros talentos, trabalhou em diversos lugares, e fez parte do grupo de profissionais que implantou o sistema de informática na Companhia Docas, em 68.
Hoje, Carpentieri está aposentado e está buscando completar seis mil gols.
Juliana Molinari – Assessoria de Comunicação