São inúmeras recordações, histórias e vitórias compartilhadas. Enquanto jogador de vôlei, foram muitas manchetes e saques, além de passes perfeitos para os companheiros. Geraldo Nakazato, o Geraldinho, foi considerado um dos melhores e mais precisos levantadores de todos os tempos do voleibol brasileiro.
Já fora de quadra, as jogadas nunca criaram bloqueios para as amizades, as boas lembranças e a formação de grandes atletas e cidadãos. Em reconhecimento à sua trajetória no Clube Internacional de Regatas, como atleta, técnico e professor, a Diretoria realizou, no dia 11 de julho, uma singela homenagem, com a presença de suas ex-alunos, diretores, associados e convidados.
“Sou muito grato à diretoria do Clube e por todo o trabalho que já realizei no Inter. São 45 anos de dedicação, o Inter faz parte da minha vida. Fui convidado pelo presidente João Malatesta e aceitei o desafio. Na época, não tínhamos ainda um coordenador de esporte e a dinâmica do Clube era diferente. Vi e vivi muita coisa aqui dentro”, lembrou Geraldinho.
Ele iniciou sua história no Inter em 1979 e, ainda como atleta, assumiu as aulas da escolinha de vôlei, com mais de 300 alunos, e os treinos das equipes de competição. Geraldinho acumulou muitos títulos como técnico, incluindo o Campeonato Santista mirim masculino e feminino.
Também foi responsável pela preparação física dos atletas de Hóquei do Inter e da Seleção Brasileira e da Patinação. Como jogador, aposentou-se em 1992, mesmo período em que passou a ministrar as aulas de ginástica localizada do Clube.
Além de sua influência no CIR, Geraldinho é uma figura importante no cenário do voleibol brasileiro. Foi um grande amigo e parceiro do lendário jogador José Oswaldo Fonseca Marcelino, conhecido como Negrelli. Os dois se conheceram na infância, jogando basquete no Santos Futebol Clube, e mais tarde migraram para o vôlei, jogando juntos no mesmo Clube e nas seleções santista, paulista e brasileira. Foram bicampeões sul-americanos e conquistaram 10 títulos nos Jogos Abertos.
“Essa homenagem é mais que merecida. Era para ter sido realizada em 2020, durante a gestão do Osvaldo, mas não foi possível na época. Finalmente, hoje, podemos celebrar o legado do Geraldinho,” destacou Marcelo Aulicino, atual presidente da Diretoria do CIR, que sucedeu a gestão de Osvaldo Ramos Hélio.
